História do solo-cimento

( texto extraído da Página da fábrica de máquinas Sahara )


ARQUITETURA DA TERRA

   A arquitetura da terra é milenar. Desde remotas eras o homem constrói a partir do solo utilizando-se de
diversas técnicas, algumas das quais ainda existentes e fazendo parte da tradição cultural de certos povos.

   O surgimento da prensa SAHARA, desenvolvida em 1972, pela família Aguilar inicialmente com o nome
Jarfel, representou um marco na produção de componentes de solo estabilizado. Destaca-se ainda a
utilização dos equipamentos SAHARA como instrumento de desenvolvimento social e opção tecnológica em
ascensão, dentro de um contexto sócio-econômico de um país carente de soluções viáveis para habitação
de baixo custo.

   A Olaria Ecológica, sugerida por Francisco Aguilar, emprega o processo construtivo de solo-cimento ou
até solo-cal-cimento que dispensa a queima de tijolo, proporcionando um percentual zero de agressão ao
ecossistema, seja com o desmatamento ou com resíduos de queima lançados ao ar. Os tijolos produzidos
na Olaria Ecológica servem a todos os padrões sociais e a funcionabilidade de seus equipamentos permite
que sejam operados diretamente no canteiro de obras, seja no campo ou na cidade. "Enquanto pairar
sobre a terra brasileira, a esperança de dias melhores diante de uma situação de fome, desemprego, falta
de moradia, escola, etc., há a necessidade de se buscar soluções tecnológicas simplificadas, que sejam
adequadas a uma nova realidade que se queira instaurar."

SISTEMA CONSTRUTIVO

   Sabedor de que o que realmente encarece uma obra não é o tijolo e sim o desperdício provocado pelo
sistema convencional e o tempo de construção da obra, Francisco Aguilar (Sahara), no decorrer de 25 anos
de pesquisa e trabalho, desenvolveu a tecnologia do Sistema Construtivo Modular que permite que os tijolos
sejam somente encaixados ou assentados apenas com um leve filete de solo-cimento, reduzindo
consideravelmente o tempo de construção da obra.

  Seus dois furos internos:

• Contribuem na redução do peso do tijolo; • Permitem o embutimento da rede hidráulica e elétrica,
abolindo o corte na parede depois de pronta; • Permitem a fundição de colunas, sem o emprego do serviço
de mão-de-obra de carpintaria o que reduz ainda, o consumo de madeira;
Tornam o tijolo termo-acústico.

DADOS TÉCNICOS

1. MISTURA DO SOLO-CIMENTO

   Consiste na mistura de solo arenoso + cimento + água. As proporções desta mistura determinam a
resistência dos tijolos de acordo com a sua utilização.

 

Tijolos à vista:

De 7 a 10 latas de solo arenoso peneirado ou triturado, + 1 lata de igual volume, de cimento, + água na
quantidade em que atinja uma umidade ótima, que equivale a 5% de umidade, que pode ser constatada
através de um teste sim ples: comprima uma amostra da mistura em uma das mãos, observando em
seguida se os dedos mar ca ram a massa. Se a marca dos dedos ficar bem definida, a umidade é
adequada, se houver um esfarelamento, que é um sintoma de secura do solo, a umidade é insuficiente; se
a marca aparecer muito compacta e molhar a mão, a umidade é excessiva.

  Tijolos comuns:

São feitos com 15 latas de solo, + 1 lata de igual volume, de cimento, + água na quantidade em que
atinja uma umidade ótima (5% de umidade). A parede de tijolo comum deve ser revestido e/ou rebocado.

  2. SOLO IDEAL

  É aquele constituído de 50% a 70% de areia e o restante de argila. Solo argiloso: não é o ideal, mas pode
ser corrigido acrescentando-se areia até que atinja a constituição recomendada.

Solo não recomendado: é o solo da camada superficial do terreno, porque contém, geralmente, material
orgânico, raízes ou pedras; a terra preta (de horta) é um exemplo de solo não recomendado. Cor do solo:
o ideal é que seja vermelho ou amarelo. Solo ácido: é recomendada a correção com cal, para neutralizar a
sua acidez, misturando a cal na terra no dia anterior à sua utilização.

  3. INFORMAÇÕES IMPORTANTES

  Sempre que se deparar com qualquer dúvida ou dificuldade, acione o nosso SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor), por carta, telefone ou fax (011- 6943-6955), via internet http://www.sahara.com.br ou pessoalmente em nosso showroom, onde, mediante amostra da terra utilizada ou do tijolo produzido,
oferecemos a orientação necessária, seja de traçado, correção ou método de trabalho, pois o seu sucesso
é o nosso empenho. Acompanha sua máquina, uma fita de vídeo VHS contendo orientação técnica.

  4. CURA DOS TIJOLOS

  Os tijolos devem ser imediatamente empilhados, para melhor aproveitamento da área de trabalho. É
importante que nos três primeiros dias de cura haja pulverização de água sobre as pilhas de tijolos,
mantendo-os úmidos. Não é recomendável produzi-los expostos ao vento ou ao sol, uma vez que isto
provoca a evaporação muito rápida da água, condenando sua resitência. A cura de sete dias é
indispensável para o transporte e utilização dos tijolos.

  5. LEMBRETE

À mistura de solo-cimento podem ser acrescentados produtos impermeabilizantes, cimento refratário, óxido de ferro (pigmento para colorir, como p.ex. o "vermelhão").

   Alguns exemplos:

brick1.jpg (2232 bytes)  Brick2_2.jpg (1825 bytes)  brick5.jpg (2169 bytes)   brick4_2.jpg (1081 bytes)  Brick2_3.jpg (2209 bytes)


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